segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Relógios! Ah, Relógios!

      Parecendo aula de auto-ajuda tudo começa. Apresentações, e a cada uma: novidade! Mas como? Todos já nos conhecemos. Não? O ser humano muda de acordo com o andar do ponteiro do relógio. É como o dia: pode amanhecer e anoitecer diferente a cada dia.  Somos e não negamos. Dentro de um carro a 120 km/h não nos mudará e não nos dá liberdade. Voar não se pode, mas se queres: sonhe! Nada mais nos da liberdade de voar.

      Mas sejas livre, com o corpo livre. Do pecado ninguém está longe e ‘entre razões e emoções’ há o bem e o mal. Entre eles há o ser humano. Decidir entre um e outro só depende da nossa cabeça, e dela mal sabemos o que ocorre. Mudanças e choques são mais mal interpretados pelos outros do que por nós mesmos. A cada surpresa uma queda, afinal não nos conhecemos como já dizia Paulo Sant’Ana. As folhas mexem com o soprar dos ventos de acordo como a vida segue ao andar dos ponteiros.Sabemos que nada acontece se não nos mexemos, e se não tivermos o que fazer, não há razão para darmos a corda ao relógio.

      O mundo gira e as coisas acontecem e a lá fora não espera para que sentemos e estudemos o que queremos. Os olhos choram e o corpo padece e faz doer. Nada profundo igual a um corredor longo, com portas fechadas e lá no fim, onde achamos que não há mais nada, existe uma porta. Mas não se preocupe não vem trem e há oxigênio. Oxigênio: algo tão simples mas necessário. Portanto: há ponteiros do relógio, tem 120 km/h, existe o novo, tudo gira e acaba no corredor onde simboliza nossa vida!  

Porto Alegre sempre normal !

Sexta-feira treze, centro de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul. Hoje feriado em algumas cidades onde o catolicismo prevalece, mas aqui um dia normal como qualquer outra sexta-feira de trabalho...


...Como qualquer outra sexta-feira de trabalho o centro está fervendo de pessoas. Pessoas que se cruzam e nem sabem de onde essas outras pessoas vem ou para onde vão. Pessoas bem vestidas: terno e gravata, paletó. Pessoas vestidas ‘normalmente’: calça jeans, camiseta, tênis, tudo normal...


...Tudo normal, menos o frio. “Ainda nem chegamos no inverno e o frio já tá castigando os gaúchos”, diz um segurança numa conversa entre uma olhadinha e outra na porta da loja. Lojas e lojas. Todas vendendo de tudo. Tudo se encontra em Porto Alegre: roupas, calçados, acessórios, artigos para beleza, etc. Arte, lugares para visitação, enfim muita cultura...


....Muita cultura se encontra também nessas ruas onde pessoas e mercadorias vindas de outros países clandestinamente são vendidas e dividem a calçada com as pessoas que por ali passam. Aos berros os vendedores disputam seus clientes. “Olha a básica barata.”; “Casacos a preço de custo.”; “Calçados direto de fábrica, somente aqui!”. E claro a frase mais clássica da cidade para quem sobrevive de ônibus: “Vaaale,vale,vale,vale”. Alguns até arriscam a abordagem. Mas Porto Alegre é uma cidade que não pára...


...Cidade que não pára parecida com São Paulo. Não conheço o centro de São Paulo, mas pelas imagens que vejo na TV se compara a cidade de Porto Alegre. Não! Nem tanto. Não vejo árvores no meio da cidade cinzenta. Que há carros, isso é verdade! E como tem carros em capitais. Mas Porto Alegre se diferencia...


...Se diferencia por suas árvores na Praça da Alfândega. Ah! Essa praça me lembra a época de Feira do Livro. Como é bonita! Pessoas de todos os lugares. Crianças, repórteres, autores parecendo até pessoas normais! Mas hoje a situação é outra: um sexta-feira normal. Pessoas passam por debaixo dessas árvores e não se dão conta de como essa praça é linda....


...Como essa praça é linda como o pôr-do-sol no Anfiteatro lá perto do Gasômetro. Mas isso fica a alguns minutos daqui, e agora não posso ir lá. Já estou no meu trabalho, vendo da janela como Porto Alegre é Alegre por ser agitada, algo sempre normal!